Atual superintendente de Patrimônio SEGPLAN do Estado de Goiás deve deixar a superintendência de Patrimônio no próximo dia 31 de janeiro.

O Portal Jornal Serra Dourada News entrevistou o professor, economista e superintendente de Patrimônio da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (SEGPLAN) do Estado de Goiás, Júlio Alfredo Rosa Paschoal. O pré-candidato a deputado estadual pelo PSDB falou sobre sua candidatura, das propostas que deve apresentar durante a campanha e ainda fez uma leitura do cenário político-econômico do Brasil.
O superintendente destacou que 2017 foi um ano de desafios, especialmente por conta da inflação crescente e da taxa de juros ‘acima de um dígito’. Júlio disse que o governo Temer enfrentou uma séria de problemas, o que gerou uma instabilidade política e econômica grave no país.
“A instabilidade política elevou a instabilidade econômica que resultou num baixo investimento no país. Com o decorrer dos processos e os deputados não levando a frente às denúncias, o mercado se acomodou e a inflação começou a perder força, mais a meu ver foi pela recessão e não por alguma medida tomada pela equipe econômica de Temer”, disse.
Ainda segundo Júlio, a recessão chegou ao fim, porém não houve melhora na economia. “A situação estava tão ruim que a gente passou a comemorar um crescimento quase que insignificante. Hoje eu vejo que o Brasil entra num processo de recuperação e Goiás continua crescendo acima da média nacional”.
A frente da superintendência de patrimônio, Júlio já visitou 52 prefeitos no ano de 2017 para realizar um levantamento total dos imóveis do Estado em cada município. “Minha preocupação foi elencar os imóveis do Estado em cada município e ver se em algum momento você poderia pedir um desmembramento ou criar situação para dar permissão de uso. (...) assim descobrimos o surgimento de áreas que não estão sendo aproveitadas e podem ser utilizadas para construir creches, quadras, postos de saúde, etc.”, explicou.
Júlio Paschoal deve deixar a área de patrimônio da SEGLPLAN no próximo dia 31 de janeiro para se dedicar as atividades de campanha. Filiado há três anos ao PSDB, o pré-candidato disse que apesar de ter transferido o domicílio eleitoral para Goiânia, ele tem um imenso carinho por Catalão, sua cidade natal e pelos municípios por onde passou durante os anos atuando no governo do Estado. “Essa oportunidade de integrar os governos me coloca em mais de 80 municípios, eu tenho 14 prefeitos, mas posso dizer que tenho parcerias importantes em Catalão, Morrinhos, Goiatuba, Aragoiana, Pires do Rio, Ipameri, entre outros municípios”, falou.
Ele falou também do momento ‘atípico’ que será as eleições de 2018, havendo uma mudança radical. “2018 é a grande oportunidade que o cidadão brasileiro tem de dar um basta no processo de corrupção instalado no país, a eleição é completamente atípica e não tem nada a ver com as eleições passadas. Operação Lava-Jato e a força das redes sociais vão pesar neste processo. Aqueles agentes que sempre trabalharam comprando votos e não prestando serviços, estes estão com os dias contados”, analisou o superintendente.
Júlio fugiu da mesmice e garantiu que pretende ser um candidato diferenciado. “Serei um pré-candidato para ser presente e ter compromisso olhando no olho do cidadão. Estou entrando na disputa para ser diferente e muito pouca gente me representa”.
Finalizando a entrevista, Paschoal adiantou quatro projetos que devem compor as propostas de campanha do pré-candidato. A primeira delas é na área da educação. “Há 20 anos, quando se determinou que 25% da receita fosse gasto na educação, nós imaginamos que a educação daria um salto, mas houve um crescimento de quantidade e não de qualidade. 90% dos gestores usam esses 25% em infraestrutura, só que isso por si só não leva a melhora no ensino, principalmente na rede pública, então minha proposta é fazer uma discussão ampla, em todos os níveis, para que eles mesmos delimitem a divisão que vai para a pesquisa, extensão, capacitação, valorização e infraestrutura”.
O segundo projeto é na área do desenvolvimento econômico. De acordo com Júlio, 10 municípios goianos representam 66% da receita do Estado, o que aumenta a desigualdade social e regional. Ele garante que a proposta é atrair investimentos para municípios que limitam cidades que já possuem grandes empresas. “É um dos desafios, pois a gente só vai melhorar isso se integrar municípios polos com municípios não polos”, explicou.
Outros dois programas serão realizados em parceria com a Fundação Pro Cerrado e sim já foram criados e levados a 40 municípios que é o Trabalhando com Jovens. Na primeira etapa a parceria é com a Fundação Pro Cerrado onde junto com o deputado federal Giuseppe Vecci, abrimos oportunidade para a entrada no mercado de trabalho de jovens de 14 a 24 anos. A segunda etapa do Programa Trabalhando com Jovens, a parceria foi feita com o IEL/FIEG. Esta é para estagiários. Nos dois casos fazemos a parceria com o setor privado desonerando o Estado e as Prefeituras. Embora seja de Catalão não consegui arrumar um parceiro para implantar o Programa em Catalão. Pelo potencial econômico do município podemos gerar mais de 600 empregos em Catalão. Porque digo isso? Por que abrimos oportunidades em outros municípios menores do que Catalão. Ex. Ipameri - 150 vagas Jataí - 400 vagas Niquelândia - 200 vagas Goiatuba - 200 vagas Teresópolis - 30 vagas Itapuranga - 150 vagas etc. Estes programas geram emprego e capacitação de jovens em parceria com a iniciativa privada sem nenhum tributo para o município.
Comments