Vanderlan foi uma das primeiras vozes no Senado Federal a se manifestar contra o STF, que decidiu que a prisão só pode ocorrer depois de transitado e julgado.

“Como já havia me posicionado em várias ocasiões, sou favorável e apoio à prisão em 2ª instância, por isso assinei a carta enviada ao STF pedindo que o Suprema Corte não alterasse o entendimento de que condenados em 2ª instância começasse a cumprir pena imediatamente. O Brasil não pode ser o paraíso da impunidade”.
Essa foi a declaração do senador Vanderlan Cardoso (Progressista-GO) ao afirmar que foi um dos primeiros senadores a se posicionar a favor da prisão de condenados em 2ª instância. Vanderlan, inclusive, assinou carta enviada ao STF pedindo a manutenção do entendimento em vigor até 2019.
O ministro Edson Fachin explicou ser "inviável sustentar que toda e qualquer prisão só pode ter seu cumprimento iniciado quando o último recurso da última Corte constitucional tenha sido examinado”. Isso vai ao encontro com a defesa do senador Vanderlan, que alega que o fim da prisão em 2ª instância apenas adia o cumprimento da lei e provoca a impunidade no País. “Ir contra a prisão em 2ª instância é regredir e deixar claro para o mundo que, no Brasil, o crime compensa”, disse Vanderlan.
O entendimento de que a pena deve ser iniciada logo após a prisão em 2ª instância é amparado pelo Código Processo Penal e pela evolução de julgados do habeas corpus 126.292, rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 17 de fevereiro de 2016; ao negar acautelar nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade 43 e 44, julgadas em 5 de outubro de 2016. E, por fim, em repercussão geral, no Agravo de Recurso Extraordinário 964.246 mediante reafirmação de jurisprudência em Plenário Virtual, em 11 de novembro de 2016.