O governador sintetizou sobre a redução de incentivos fiscais a indústrias, crise com Enel e venda de parte da Saneago

O governador Ronaldo Ramos Caiado (DEM) fez um balanço nesta quarta-feira (18) sobre o primeiro ano à frente da administração de Goiás, durante o almoço confraternização com profissionais da imprensa do interior, falou sobre os problemas herdados e a tentativa de equilibrar as contas para conseguir fazer investimentos. Entre os assuntos abordados, o gestor goiano relatou sobre o pedido de fim do contrato com a Enel, a venda de parte da Saneago e o corte de incentivos fiscais às indústrias.
“Sou um ser humano. Não tenho o poder da multiplicação dos pães. Eu vou ter arrecadação como, se eu estou tendo dificuldade para pagar salário? Não tenho direito a tomar um empréstimo para recuperar as estradas”, disse o governador.
Entre as formas de aumentar a arrecadação está a redução de incentivos fiscais a indústrias. Isso já gerou um aumento de R$ 1 bilhão ao caixa do estado em 2019. Caiado descartou a hipótese de que isso pode afastar novas empresas.
“Goiás não pode abrir mão de sua arrecadação em detrimento do cidadão, que hoje morre de tuberculose infantil no nordeste goiano, que tem uma situação grave hoje com volta de doença de Chagas, não tem condições de fazer uma hemodiálise. [...] Temos que ter incentivo, mas dosado. O incentivo é para desenvolver regiões mais carentes”, disse.
Enel
O governador comentou sobre a crise com a Enel, responsável pela distribuição de energia em Goiás. Os deputados aprovaram um relatório de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e estão votando um projeto de lei que propõe a rescisão do contrato da empresa com o governo estadual. Além disso, foi feita uma denúncia contra a companhia junto à Procuradoria Geral República.
“Vão dizer que esse é um contrato federal. Então, quer dizer que o governador do estado tem que lavar as mãos e dizer que o problema não é meu, é da Enel? Não. Goiás tem governador do Estado. É isso que eles que eles têm que entender”, afirmou.
Saneago
Caiado também citou questões sobre a venda de 49% da Saneago. Ele nega que isso seja um processo de privatização, pois toda a tomada de decisão será feita pela direção formada pelo próprio governo.