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”Reforma eleitoral deve ser concretizada após amplo debate”, afirma José Nelto


Reunião com líderes da Câmara dos Deputados apontou que neste ano não haverá nenhuma mudança na atual legislação eleitoral

A reforma eleitoral prevê uma mudança do atual sistema de votação, bem como o fim das coligações partidárias. O *líder do Podemos na Câmara, José Nelto* acredita que modelos como o distrital misto e o distritão, são opções consideráveis para o Brasil.

“Vamos solicitar ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM), uma Comissão Especial para discutir a reforma eleitoral. O intuito é que essa reforma seja aprovada até junho do ano que vem. Teremos um prazo de 10 meses pra debater amplamente uma reforma eleitoral para o país, e pensar em modelos de referência como o japonês ou alemão. Queremos rever o fim das coligações, aumentar a cláusula de barreiras para diminuir os partidos políticos, deixando no máximo sete partidos, para acabar com o fisiologismo na política”, disse *Nelto*.

Uma opção muito difundida entre os deputados federais, é a adoção do Parlamentarismo. Segundo especialistas, esse sistema de governo ameniza a corrupção. “É uma forma de acabar com os golpes, com o impeachment. Permite uma facilidade e agilidade na aprovação das leis, além de rápida resolução de crises políticas. Vai dar responsabilidade para os congressistas”, explica o deputado.

O regime político de democracia não deve comportar, de acordo com *José Nelto*, a prorrogação de mandato, seja nos cargos de prefeito ou governador. “Em democracia não se deveria prorrogar mandatos. O que nós defendemos é que haja disputa”.

Além da reforma eleitoral, o líder do Podemos acredita que deve-se extinguir o financiamento público de campanha.

“Defendo a volta do financiamento privado, proibindo doação de empresas que prestam serviços para o poder público, e também empresas terceirizadas”, ressalta o *parlamentar*.

Outra medida que Nelto quer aprovar, é a criminalização do caixa 2. “Já que há abuso de poder econômico, vou fazer uma proposta de criminalizar o sujeito ativo e o passivo. Por exemplo, o político que quer comprar o voto e o eleitor que vende. Ambos devem ser punidos”, afirma o deputado federal

Reeleição

No Brasil a reeleição pode estar perto de acabar. Uma Proposta de Emenda à Constituição está tramitando na Câmara dos Deputados, e ainda precisar ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Contudo, a PEC só deve ser analisada após a reforma tributária.

“Eu defendo o enxugamento dos partidos. Não deve-se ter mais que sete ou oito partidos. Defendo também mandato de cinco anos sem reeleição. Reeleição virou sinônimo de corrupção, e somente pondo fim a esse sistema, poderemos dar oportunidade para as novas gerações adentrarem à política. É preciso acabar com o coronelismo”, destaca *José Nelto*.

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