Secretário de Governo critica proposta de Maguito Vilela para sigla se aliar aos tucanos e diz que defesa mostra alinhamento a Marconi Perillo

““Isso para mim não é surpresa”, afirmou nesta segunda (18/02) , em entrevista ao Portal Serra Dourada News , o secretário estadual de Governo, Ernesto Roller (MDB), a respeito de o ex-governador Maguito Vilela (MDB) ter defendido a união com o PSDB para fazer oposição a Ronaldo Caiado (DEM). Para ele, a declaração demonstra que o grupo de Maguito, cujo lho, o ex-deputado federal Daniel Vilela (MDB), disputou o governo estadual no ano passado, tem ligações com o também ex-governador Marconi Perillo (PSDB).
“Esta manifestação nada mais é que trazer a lume aquilo que todo o bastidor da política goiana sabia que acontecia e que foi uma das grandes motivações do nosso desalinhamento com esse grupo.”
Caracterizando a possível composição como “mortal” para o MDB, Roller avaliou que a medida “descaracterizaria” o partido. Atualmente, Roller é alvo de um pedido de expulsão do partido, comandado por Daniel. Os prefeitos: de Catalão, Rio Verde e Goianésia, respectivamente Adib Elias Junior, Paulo do Vale e Renato de Castro, também são alvos de processos semelhantes por terem declarado apoio ao governador Ronaldo Caiado (DEM) ainda que o partido já tivesse uma candidatura própria definida.
Formatação da base
Coordenador da articulação política do governador, Roller comentou também o processo de negociação com os deputados estaduais para a formatação de uma base aliada forte na Assembleia Legislativa. Nesta semana, ele continua, ao lado do líder do Governo na Casa, Bruno Peixoto (MDB), a receber parlamentares que, segundo o secretário, estão sendo selecionados pelo critério de “anidade política” com Caiado.
Sobre os termos da negociação, Roller admitiu que a conversa passa pela ocupação de cargos, mas negou que, conforme disse o deputado Álvaro Guimarães (DEM), eles tenham estabelecido R$ 30 mil como remuneração para essas funções. “Estamos conversando sobre atuação política, resultados que nós precisamos de natureza política e os parlamentares também discutem a representação de suas bases, mas não teve tratativa a respeito de valores de cargos.”
Questionado se a decisão de adiar a apresentação de projeto propondo a revisão da carga horária e salários dos servidores seria uma preocupação com a articulação da base, Roller avaliou que não. “Há uma grande discussão em Brasília, que passa inclusive pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e o governo não pensava em apresentar esse projeto agora. Estamos estudando a questão para, havendo uma decisão que tenha esse conteúdo, ver aquilo que é aplicável aqui, seja pelo princípio do cumprimento das decisões judiciais, da hierarquia das leis ou pela realidade local”, esclarece o secretário de governo.