Major Araújo vai deixar o PRP e assinar ficha de filiação no PSL de Jair Bolsonaro

O deputado Major Araújo (PRP) anunciou nesta terça-feira, 5, em entrevista à Agência Assembleia de Notícias, que vai deixar o partido pelo qual se elegeu para filiar-se no PSL do presidente Jair Bolsonaro. “Lamento que o PRP não tenha alcançado a cláusula de barreira, por isso busquei um partido que me dê mais segurança política. Recebi convite do PSL e aceitei”, ressaltou.
Araújo disse que considera normal a fusão das bancadas de três partidos na Câmara Federal exclusivamente para fins de cálculo da proporcionalidade partidária e da definição de atendimento ou não à cláusula de desempenho. “Apenas não me identifico com a direção nacional do Patriota, que se fundiu com o PRP, por isso aceitei o convite do PSL, até mesmo porque este partido me oferece mais segurança”, frisou.
O deputado Wagner Neto (Patriotas), que está no exercício de seu primeiro mandato, avaliou positivamente a fusão do seu partido com o PRP. “Os partidos que não alcançaram cláusula de barreira estão buscando se adequar à reforma política. No caso da Câmara, não apenas pela sobrevivência, mas, também, com vistas à formação de uma bancada maior, para fins de distribuição de vagas nas comissões da Casa e para definição da estrutura administrativas das lideranças”, colocou.
O Patriota incorporou o PRP, somando nove deputados. Também fundiram as bancadas o PCdoB com o PPL, totalizando 10 deputados; e o Podemos com o PHS, perfazendo 17 deputados.
A partir deste ano, 14 dos 35 partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverão ser enquadrados na cláusula de barreira e ficar sem tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV e sem verba do fundo partidário. São eles: Rede Sustentabilidade, Patriota, PHS, DC, PCdoB, PCO, PMB, PMN, PPL, PRP, PRTB, PSTU e PTC. Pelos cálculos, essas legendas não atingiram o índice mínimo de votos válidos, nem elegeram deputados federais em número suficiente, que são os critérios da cláusula.