Passado o primeiro turno, que em Goiás elegeu Ronaldo Caiado (DEM) para o Governo em 1° turno, o PSDB perde a hegemonia da política e já encara discussões internas na direção do partido. Para alguns integrantes da legenda, é errado culpar a Presidência do PSDB Estadual pela derrota nas urnas em 2018.
Júlio Paschoal, ex-candidato à Assembleia Legislativa de Goiás e que ocupou cargos nos governos Marconi Perillo e José Eliton, explicou algumas situações que podem ter contribuído para este resultado. “As derrotas se justificam pelo desgaste de 20 anos no poder, que apesar da transformação econômica e social que o Estado experimentou, passando de um PIB de R$17,0 bilhões para mais de R$ 200,0 bilhões, havia um desconhecimento da força das redes sociais e da vontade de mudança para direita em nível mundial, nacional e estadual”, falou.
O economista continuou citando a ‘condução política dos últimos anos’. “A má condução política por parte do Governo do Estado, prestigiando grupos políticos, em detrimento de outros que também lhes davam sustentação pode ser constatada. Catalão é um exemplo, mas que se verificou em todo Estado”.
Sobre os ataques direcionados à presidência estadual do PSDB, hoje representada pelo Deputado Federal Giuseppe Vecci, Júlio afirmou que as acusações beiram a “insensatez”. “A atual executiva do PSDB-GO Estadual realizou em praticamente um ano 10 Encontros regionais dando abertura aos membros das executivas locais para colocar os pontos frágeis do partido e o que poderia mudar. Isso não houve em gestões anteriores”, destacou.
Júlio finalizou citando os avanços e garantias do PSDB ao longo da gestão de Vecci, e que alguns se utilizam da ‘fragilidade do momento’ para atacar opositores que não se reelegeram. “Enquanto presidente, Vecci sempre deu ênfase a representatividade de segmentos organizados para fortalecer e rediscutir as ações do partido, fortaleceu o PSDB Mulher, Jovem e também o Instituto Teotônio Vilela”, concluiu o economista.