Em entrevista na tarde desta segunda-feira (26/03), a Nova Liberdade FM e ao Jornal Serra Dourada News os diretores: presidente e liquidante da COACAL, Carlos Henrique Arruda Duarte, e do então diretor de desenvolvimento Ronaldo Rodrigues de Avelar esclareceram fatos e rebateram criticas e acusações sobre a atual situação da Cooperativa Agropecuária de Catalão. Os diretores falaram abertamente sobre as dívidas e possíveis caminhos para a instituição.
Recentemente, em audiência pública, o produtor e associado inativo Wender Ferreira e o empresário e vereador Daniel Carvalho dos Reis proferiram duras criticas a gestão de Henrique Duarte devido a não aprovação das contas em assembleia e a abertura do processo de liquidação da Coacal. Foram levantados questionamentos acerca da idoneidade do processo.
Em debate, Henrique explicou que a Cooperativa não omite informações e que a prestação de contas será colocada novamente para apreciação. “Vamos propor uma nova assembleia, não vamos mudar o que está nos documentos referentes às contas e todos que realmente participam da cooperativa vão poder conferir”, destaca o Liquidante se referindo à interferência de não cooperados nas últimas reuniões realizadas.
No mais, ele ainda comentou sobre a destituição do cargo de presidente e da nomeação para gerir o processo de liquidação. “Realmente é difícil entender termos técnicos da prestação de contas, o que pode levantar questionamentos, mas nossa destituição foi voluntária, e não por meio de ação judicial ou qualquer coisa do tipo”,diz Henrique. Sobre a nomeação, Ronaldo Rodrigues reiterou que “a assembleia é espontânea e a direção do processo foi decidida mediante votação pelos próprios cooperados”.
Atualmente a Coacal tem sofrido com a queda na produção de leite e no número de cooperados, que hoje são cerca de 120, e acumula uma dívida de aproximadamente R$ 9 milhões. A solução, apontada e votada em assembleia, para tal quadro critico foi vender parte dos bens da instituição para a quitação. A cooperativa conta com R$ 6 milhões de patrimônio já contabilizado, que será reavaliado, o que é suficiente para sanar todos os débitos (com sobra).
Ainda estima-se que há um crédito em PIS/Confins a receber de aproximadamente R$ 8 milhões, que pode ser agregado ao capital da Cooperativa. Segundo os diretores, a principal preocupação está no suporte aos cooperados. “Estamos pensando em como o produtor vai seguir adiante e trabalhando para a quitação com superávit, depois vamos decidir qual caminho a COACAL deverá seguir”, salienta Henrique. E ainda enfatiza que o déficit da COACAL se da pela fragilidade da bacia leiteira, que nos por mais dez anos a COACAL vem subsidiando seus cooperados.